Na entrevista que concedeu à TVI, Pinto da Costa foi questionado sobre a prisão de Fernando Madureira, na sequência do processo Operação Pretoriano.
O antigo presidente do FC Porto considera que o ex-líder dos Super Dragões está preso injustamente.
“As mãos no fogo não ponho por ninguém, mas acho que está preso injustamente. Em momento algum na AGE há ele a agredir alguém. Nunca agrediu ninguém. Houve uma AG de contas em que o André Villas-Boas votou contra e, na hora de ele sair, quem o levou ao carro foi o Fernando Madureira. Ele não tinha nenhum problema com o André Villas-Boas. Tinha as suas convicções, tinha a claque que enchia os estádios, ainda nos Açores foi uma tristeza ver aquelas bancadas”, afirmou.
Questionado sobre a fortuna de Madureira, Pinto da Costa recusa que tenha sido o grande responsável.
“Algum dinheiro acho que ganhou, tinha um acordo em que comprava os bilhetes por x, uns ficavam na claque, outros vendiam para ganhar algum para as despesas das deslocações. Segundo dizem, ganhou algum dinheiro…“, referiu.
“Se a fortuna que tem foi graças a mim? Não. Tinha um acordo com o FC Porto que foi cumprido. Ia buscar bilhetes e pagava o anterior. Se ganhava dinheiro depois com os bilhetes, os problemas já não eram nossos. Considero-o amigo. Se fosse um traficante de droga não seria. Ficaria surpreendido se ele fizesse isso. Já o fui ver. Falámos do FC Porto. Achei que ele estava com muita força, com revolta, mas com força. Ele estava mais preocupado comigo do que com ele”, acrescentou.
Sobre as agressões que marcaram a Assembleia-Geral Extraordinária de 13 de novembro de 2023, Pinto da Costa continua a descartar responsabilidades.
“Aquilo foi muito bem preparado. Nunca se viu incitamento por parte da equipa de André Villas-Boas para filmarem tudo, para estarem em grupo… Quem vai para uma AG e pede para filmarem é porque sabe que há tudo para filmar. E houve uma coisa estranha: três procuradores, sócios do FC Porto, estiveram lá a controlar a AG. Acabou às 2h da manhã e, no dia seguinte, às 10 horas já estava uma queixa de uma procuradora contra os acontecimentos. Houve instrumentalização daquele grupo com a colaboração da Justiça“, concluiu.