Internacional português lesionou-se em todas as épocas desde a saída da Luz. No regresso, já se confirmou o ‘calvário’.
Quando se fala de Renato Sanches é incontornável associar o nome àquele jovem que tanto deu que falar no Euro’2016 (conquistado por Portugal), já depois de uma época digna de registo no Benfica. Porém, há também uma tendência desanimadora em torno de uma ‘praga’ de lesões desde então, algo que prejudicado o seu ascendente na carreira.
A paragem dos campeonatos para compromissos internacionais de seleções serviria, à partida, para o médio de 27 anos ter o palco ideal à ‘espreita’ de um lugar no primeiro onze inicial de Bruno Lage (também ele de regresso à Luz)… até que o treino desta terça-feira ‘baralhou’ tudo.
À semelhança do que aconteceu em todas as temporadas desde 2016/17, Renato Sanches voltou a sofrer uma lesão – desta vez de teor muscular na coxa direita – e teve de abandonar o treino às ordens do ‘novo’ treinador das águias, pelo que deverá falhar o duelo deste sábado, frente ao Santa Clara. Será o único? O motivo de alarmes da Luz poderá estar precisamente aí.
‘Calvário’ sem fim?
Já depois de ter subido vários degraus nas camadas jovens do Benfica, para onde entrou em 2007, Renato Sanches acabou por se estrear na equipa principal em 2015/16, naquela que seria uma aposta certeira de Rui Vitória para recuperar de uma desvantagem de sete pontos para o rival Sporting (liderado por Jorge Jesus, logo após ter deixado a Luz) e, assim, alcançar o tricampeonato. O médio – com 18 anos na altura – brilhou em campo sem qualquer lesão e motivou a integração na convocatória do selecionador Fernando Santos para o Euro’2016, para além da transferência milionária, na ordem dos 35 milhões de euros, para o Bayern Munique.
Os números desde esse feito são avassaladores… pela negativa. Em oito épocas, Renato Sanches ficou afastado dos relvados por 27 (!) vezes, desde lesões musculares, traumatismos e distorções a síndromes gripais e fadiga muscular, tratando-se de números que se têm refletido no seu número de jogos, golos e assistências ao serviço dos clubes pelos quais passou nesse período. Entre passagens por Bayern Munique, Swansea City, Lille, Paris SG e AS Roma, só em duas épocas conseguiu fazer mais do que 30 jogos.
Contas feitas, o internacional luso falhou 134 partidas e, se formos contabilizar os dias de lesão, estaremos a falar de quase 700 dias sem competir, dando conta de um enorme (e longo) ‘pesadelo’ na sua carreira, sobretudo desde que decidiu deixar o Benfica no verão de 2016. O regresso à Luz – por empréstimo do Paris SG, no negócio de João Neves – confirmou, assim, o ‘calvário’ que o tem castigado nas últimas épocas. Ainda há volta a dar ou é uma ‘maldição’ que não irá acabar? Saberemos a resposta nos próximos tempos.