Análise: “Entrada boa no jogo, com movimentos laterais, chegámos ao golo numa abordagem desse tipo. O jogo parecia controlado e se calhar caímos no erro de controlar em demasia e deixar de fazer o que costumamos fazer. Perdemos duelos e estes jogos requerem outros argumentos, não é só talento, é entrega e sobretudo mentalidade. Na segunda parte o adversário faz o 2-1, foi forte a ferir a nossa segunda linha.
Ao intervalo falámos de uma abordagem mais ousada, mais à FC Porto, mas quando lançámos dois homens à procura do empate levámos o 3-1 e depois foi alimentar quem estava na frente, tentámos tudo e não diria que foi tudo com coração, porque trabalhámos bem a bola, mas faltou a conclusão. Vitória do adversário, que ganhou bem, e não interessa agora chorar no que aconteceu, é olhar em frente. Quem joga no FC Porto tem de estar habituado a isso, quando caímos é levantar rapidamente”.
Três mudanças no onze surpreenderam. Arrepende-se? Como se explica tanta dificuldade? “Arrependimento zero de quem entrou. Sou eu que trabalho com eles e sei o que me dão. Entendi que quer o Marko [Grujic], o [Iván] Jaime ou o Gonçalo [Borges] sei o que me dão, e penso que não foi por aí, pecámos no coletivo. Era fácil para nós marcar e colocar-nos atrás, outro treinador fá-lo-ia, mas não quisemos abdicar do nosso momento de pressão, o adversário aproveitou isso e sentimos dificuldades em parar as suas transições. Eles provocaram-nos dano de forma competente e com mérito, ponto final.
Há mais sete jogos para fazer e temos de atalhar caminho rapidamente, já no domingo noutra competição. Os campeões têm de dar o passo em frente e não há tempo para chorar no molhado, ainda há muito tempo, mas temos olhar para o jogo de outra forma”.