Treinador portista admite erros.
Vítor Bruno, treinador do FC Porto, em declarações à Sport TV, logo após a derrota do FC Porto na visita ao Bodo/Glimt (2-3), em jogo da ronda de abertura da Liga Europa.
Jogo começou bem, mas virou pesadelo: “Começámos bem, é verdade. A chegar com relativa facilidade à grande área do FC Porto, que trabalhámos nos três dias em que preparámos o jogo. Sentíamos que era uma debilidade e conseguimos. O golo nasce a partir dessa abordagem, mas nunca sentimos o jogo totalmente controlado. O adversário é muito direto, muito físico. Muita dificuldade em controlar momentos de transição, duelos… Na primeira parte o indicador mais forte é o número de faltas cometidas. Ao intervalo falámos muito disso e no momento em que fazemos duas alterações para ir à procura de alguma coisa sofremos o 3-1 a jogar com 10… E depois foi tentar. Foi muito com coração, com muito jogo flanqueado. Eles fecharam-se bem e agarraram-se àquilo que tinham conquistado e que estava praticamente no bolso. Ainda fizemos o 3-2 no final, mas perdemos. Está fechado, não adianta pensar mais neste jogo. Olhar para o próximo e atacá-lo da melhor maneira”.
Faltou algum controlo: “O golo do empate é exemplo. Perdemos a bola dentro da área adversária e depois o golo nasce na transição. Mas é a forma como eles chegam à baliza. Fazem-no bem. Cabia a nós estarmos preparados. Não considero que a equipa tenha tido uma má abordagem depois do 1-0. A equipa quis ser fiel e estávamos numa fase inicial. Não íamos encostar atrás à espera do adversário. Quisemos manter-nos fiéis. O adversário foi forte. Agrediu quando tinha de o fazer”.
Estreou dois jogadores: “Ali não havia muito a fazer com o adversário com 10. Era preciso meter gente conseguisse descobrir espaços. O Mora faz esse trabalho e fá-lo bem. O Gul era mais uma referência na área, porque o adversário estava estacionado atrás. Fomos tentando com alguns remates. Em termos estatísticos fomos melhores, mas isso não nos alimenta o ego. Queríamos era ganhar. Não ganhámos. Mérito ao adversário”.
Peso da pressão de ser candidato à Liga Europa: “Se pudesse, não chutava para canto. Chutava para fora do estádio. É um peso demasiado elevado para um plantel que é muito jovem e com muita gente nova. Não faz parte da nossa mentalidade diária. Queremos é ganhar dia a dia, semana a semana. O resto é consequência. Pensar demasiado à frente era o primeiro erro. Tropeçámos, temos de nos levantar. Há quem caia, há quem consiga. Isto é para quem se levanta rápido”.