A vitória categórica do Benfica por 4-0 frente ao Atlético de Madrid, na segunda jornada da Liga dos Campeões, foi muito mais do que uma simples goleada. Para os adeptos, foi o momento de confirmar que o melhor Benfica está de volta, agora sob o comando de Bruno Lage. Com uma exibição sólida e um domínio claro sobre uma das equipas mais fortes da Europa, o Benfica mostrou que está preparado para competir ao mais alto nível.
Os números desde a chegada de Lage falam por si. Em apenas cinco jogos, a equipa somou cinco vitórias consecutivas, marcando 18 golos e sofrendo apenas três. Estes dados contrastam com o início da época sob a orientação de Roger Schmidt, onde o Benfica havia conseguido apenas duas vitórias nos primeiros quatro jogos, com cinco golos marcados e três sofridos. A média de golos marcados subiu de 1,3 para 3,6, e a média de golos sofridos caiu de 0,8 para 0,6.
Além do impacto imediato nos resultados, Lage conseguiu trazer uma nova mentalidade ao grupo. A equipa voltou a exibir-se com confiança, evidenciada pela forma como soube controlar o Atlético de Madrid do primeiro ao último minuto. A goleada frente aos colchoneros foi a terceira maior da história do Benfica na Liga dos Campeões, atrás apenas dos triunfos por 6-1 ao Maccabi Haifa e 5-1 ao Club Brugge.
Outro ponto a destacar é a eficácia do Benfica nas bolas paradas, com oito dos 18 golos a surgirem dessa forma. Jogadores como Akturkoglu, Kokçu e Di María têm sido essenciais, mas a mensagem de Lage é clara: o coletivo está acima das individualidades.
Esta abordagem unida tem permitido ao Benfica recuperar a confiança e a mística, com os jogadores cada vez mais alinhados com as ideias do novo treinador.